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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Protistas

O reino protista compreende os microorganismos eucarióticos e seus descendentesimediatos: todas as algas, protozoários e outros organismos aquáticos ainda obscuros. Seus membros não são animais (que se desenvolvem de uma blástula), nem plantas (que se desenvolvem de um embrião), nem fungos (que se desenvolvem de esporos). Todos os protoctistas se desenvolveram por simbiose dentre pelo menos dois tipos diferentes de bactérias – em alguns casos, dentre muito mais do que dois. À medida que os simbiontes se integraram, um novo nível de individualidade surgiu.
Ninguém sabe o número de espécies de protoctistas. Embora somente 40.000 foraminíferos extintos estejam documentados na literatura paleontológica, e mais de 10.000 protoctistas vivos estejam descritos na literatura biológica, alguns autores estimam que haja mais de 65.000 espécies sobreviventes, e outros, sugerem mais do que 250.000. Mofos-de-água e parasitas de plantas são descritos na literatura de fungos, de protozoários parasitas na literatura médica, de algas por botânicos e de protozoários de vida livre por zoólogos. Práticas contraditórias na descrição e denominação de espécies têm conduzido a confusões sobre este reino. De acordo com alguns livros, existem hoje 30 filos protoctistas, divididos entre mofos-de-água (conhecidos como fungos), protozoários e algumas algas. Em zoologia estudamos os Protozoários, sabendo que não são mais considerados como pertencentes ao reino animal.


OS PROTOZOÁRIOS (PROTOZOA)

Especializações celulares
Os protozoários são organismos eucarióticos unicelulares. Todos os organismos multicelulares, incluindo os animais multicelulares, evoluíram a partir de vários ancestrais de protozoários. Os protozoários permaneceram no nível de organização multicelular, mas evoluíram ao longo de numerosas linhas através da especialização de partes do citoplasma (organelas) ou das estruturas esqueléticas. As células dos protozoários são mais complexas que as células dos metazoários, pois as adaptações para a sobrevivência só podem ocorrer no nível de organização celular.
Costuma-se dizer que protozoários incluem organismos amebóides, flagelados, ciliados e produtores de esporos que são capazes de nutrição heterotrófica, tenham ou não cloroplastos. O nível de organização unicelular é a única característica pela qual os protozoários podem ser descritos como um todo; em muitos outros aspectos, eles exibem uma diversidade extrema. Os Protozoa exibem uma grande variedade de complexidade estrutural e adaptações para todos os tipos de condições ambientais. Cada espécie vive em determinado habitat úmido – na água do mar ou no fundo do oceano; na água doce, salobra ou poluída, na terra, no solo ou matéria orgânica em decomposição.

Características Gerais
Pequenos, geralmente unicelulares, alguns em colônias de poucos a muitos indivíduos semelhantes.
Forma da célula geralmente constante, oval, alongada, esférica ou outras.
Núcleo distinto, único ou múltiplo; outras partes estruturais como organelas; sem órgãos ou tecidos.
Locomoção por flagelos, cílios, pseudópodos ou movimentos da própria célula.
Algumas espécies com envoltórios protetores ou teças; muitas espécies produzem cistos ou esporos resistentes para sobreviver a condições desfavoráveis e para dispersão.
Modos de vida: livres, comensais, mutualísticos ou parasitos.
Nutrição variada: (a) holozóica, subsistindo de outros organismos (bactérias, fermentos, algas, vários protozoários etc); (b) saprofítica, vivendo de susbstâncias dissolvidas nos seus arredores; (c) saprozóica, subsistindo de matéria animal morta; (d) holofítica ou autotrófica, produzindo alimento pela fotossíntese como as plantas. Alguns combinam dois métodos.
Reprodução assexual por divisão binária, divisão múltipla ou brotamento; alguns com reprodução sexual pela fusão de gametas ou por conjugação.

Protozoários Amebóides (antiga Classe Sarcodina). Hoje podem ser incluídas no Filo Rhizopoda.
A amoeba comum (Amoeba proteus), de água doce limpa, que contenha vegetação verde, serve para uma introdução aos Protozoa. A ameba parece ser a forma de vida mais simples do Reino Protoctista, uma célula independente com núcleo e citoplasma, mas com poucas organelas. A despeito de sua aparente simplicidade ela pode mover-se, capturar, digerir e assimilar alimento complexo, eliminar resíduos não digeridos, respirar, produzir secreções e excreções, responder a mudanças (estímulos) de vários tipos, tanto no ambiente interno como do externo, crescer e reproduzir-se.

Estrutura. A ameba viva é uma massa de protoplasma claro, incolor, gelatinoso, flexível que passa por várias mudanças de forma. Consiste de (1) uma membrana celular externa ou plasmalena, elástica e muito fina e abaixo desta (2) uma zona estreita de ectoplasma claro, não granular, circundando (3) a massa principal do corpo de endoplasma granular. Este consiste de (a) um plasmagel externo, mais duro e (b) um plasmassol interno, no qual movimentos de correnteza (ciclose) são visíveis. Dentro do endoplasma há (4) um núcleo disciforme, não facilmente visível no animal vivo; (5) um vacúolo contrátil esférico, preenchido de líquido, o qual periodicamente se move para a superfície, contrai-se, descarrega seu conteúdo na água circundante e então se refaz; (6) um ou mais vacúolos digestivos de vários tamanhos, contendo pequenas porções de alimento em digestão; e (7) vários outros vacúolos, cristais, glóbulos de óleo e outras inclusões celulares.
As funções destas partes são as seguintes: (1) a membrana celular retém o protoplasma dentro da célula, mas permite a passagem de água, oxigênio e dióxido de carbono; (2) o ectoplasma contém as outras estruturas e serve para a locomoção; (4) o núcleo controla os processos vitais do organismo; (5) o vacúolo contrátil regula o conteúdo de água; (6) os vacúolos digestivos contêm alimento em digestão; e (7) as outras inclusões celulares são reservas alimentares ou outros materiais essenciais ao metabolismo. Se a ameba for cortada em duas, a membrana celular logo circunda cada pedaço e impede a perda de protoplasma. A parte sem núcleo pode ainda se mover e ingerir alimento, mas é incapaz de digeri-lo ou assimilá-lo e logo morre, enquanto que a parte com o núcleo continuará a crescer e reproduzir-se. Um núcleo isolado, contudo, não pode sobreviver. Assim o núcleo e o citoplasma são interdependentes.

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