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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A poluição

Conceito de poluição
Existe, na natureza, um equilíbrio biológico entre todos os seres vivos. Nesse sistema em equilíbrio os organismos produzem substancias que são uteis para outros organismos, e assim sucessivamente.
A poluição vai existir toda vez que os resíduos produzidos pelos organismos não puderem ser absorvidos pelo ecossistema, o que acaba provocando alterações na sobrevivência das espécies.
A poluição pode ser entendida ainda, como qualquer alteração do equilíbrio ecológico existente.
A poluição é essencialmente produzida pelo homem e esta diretamente relacionada com a concentração das populações. Assim, quanto maiores os aglomerados humanos, mais intensa será a poluição.
Os agentes poluentes são os mais variados possíveis e são capazes de alterar a água, o ar, o solo etc.
A poluição do ar
A poluição do ar é feita principalmente por: compostos sulfurosos, nitrogenados e monóxido de carbono.
Compostos sulfurosos
Os compostos sulfurosos são representados principalmente pelo dióxido de enxofre (SO2) e pelo gás sulfídrico (H2S), encontrados em concentrações variáveis no ar das grandes cidades. O dióxido de enxofre é formado principalmente pela combustão dos derivados de petróleo e do carvão mineral.
Esse composto provoca problemas no sistema respiratório e é a causa de bronquites e distúrbios como o enfisema pulmonar. No ar, o dióxido de enxofre pode ser transformado em trióxido de enxofre, que, para  as vias respiratórias, é ainda mais irritante que o primeiro. Os vegetais são mais sensíveis aos óxidos de enxofre; suas folhas amarelecem e, em concentrações maiores, chegam mesmo a morrer.
Compostos nitrogenados
O dióxido de nitrogênio (NO2) é o poluente produzido pelas descargas dos motores de automóveis, especialmente os movidos a óleo diesel e gasolina. Os óxidos de nitrogênio constituem a névoa seca (smog fotoquímico) que se forma sobre as grandes cidades, por ação das radiações solares sobre os gases expelidos pelos veículos automotores. É tóxico para as vias respiratórias, provocando uma grave doença, o enfisema pulmonar. Reduz a fotossíntese nas plantas e danifica a pintura dos carros e  objetos, alterando as tintas.
Monóxido de carbono
O monóxido de carbono é o poluente que aparece em menor quantidade no ar das grandes cidades. Tem origem, principalmente, na combustão do petróleo e do carvão. No sangue humano existe a hemoglobina, um pigmento que, nos pumões, se combina com o oxigênio e o transporta para as células. O monóxido de carbono (CO) pode reagir com a hemoglobina, substituindo o oxigênio; tal fato provoca a morte por asfixia. Muitas pessoas já morreram asfixiadas em garagens fechadas com automóveis em funcionamento. Seriam medidas eficientes, no combate ao problema, a regulagem dos motores e, principalmente, a diminuição do numero de automóveis circulantes.
A chuva ácida
A atividade industrial e o uso de automóveis provocam, através da combustão de carvão mineral, petróleo e derivados, a emissão de poluentes, especialmente os dióxidos de enxofre e nitrogênio. Na atmosfera, esses poluentes em contato com o vapor d’água produzem os ácidos sulfúricos e nítrico, que se precipitam na forma de neve ou chuva.
Essa chuva ou neve contendo ácidos provoca erosão de prédios, monumentos, além da destruição de florestas e, consequentemente, da fauna.
Como a chuva ácida corrói
1.       O dióxido de enxofre resultante da queima de  carvão nas usinas termoelétricas e os óxidos de nitrogênio provenientes dos motores de carros, caminhões e ônibus entram na atmosfera.
2.       Esses compostos são transportados pelo ar, onde sofrem mudanças químicas. Eles voltam à superfície sob a forma de microscópicas partículas de poeira ácida ou misturados à umidade das nuvens, como chuva ácida.
3.       O material ácido concentrado na água mata os organismos vivos ou inibe sua capacidade de reprodução, alterando os ecossistemas.
4.       Os ácidos corroem encanamentos velhos e poluem reservatórios de água potável.
5.       A chuva ácida provoca corrosão em edifícios e monumentos.
6.       Os cientistas acreditam que a chuva ácida pode ser a responsável pelo ressecamento de árvores observado no Canadá e Estados Unidos.
Efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno natural, sem o qual a terra seria inabitável. Em condições normais esse fenômeno mantêm o planeta aquecido. O efeito estufa é provocado por gases, especialmente o gás carbônico (CO2), cujo efeito é comparável ao do vidro das estufas, que deixa entrar os raios de sol, mas impede que o excesso de calor seja irradiado de volta para o espaço. No efeito estufa o vidro é substituído pelos gases, que absorvem a radiação infravermelha. Sem a camada de gases, a radiação infravermelha seria irradiada para o espaço e terra teria uma temperatura de -50°C, ou seja, seria um planeta gelado. A energia solar atinge a terra e é distribuída na superfície. O calor sobe novamente, mas os gases absorvedores do infravermelho refletem parte dessa energia, fazendo-os voltar à superfície. Além do gás carbônico, responsável por 50% do efeito estufa, outros gases desempenham o mesmo papel. Entre eles citam-se os clorofluorcarbono (20%), metano (18%), óxidos de nitrogênio (10%) e outros.
A concentração desses gases na atmosfera está aumentando devido principalmente à queima de combustíveis e de madeira, intensificando a retenção de raios infravermelhos e elevando a temperatura terrestre. Isso pode levar a um aumento de temperatura, da ordem de 2 a 4°C, nos próximos setenta anos.
As conseqüências previstas são catastróficas. Existe o risco de as calotas polares derreterem e ocasionarem um aumento do nível dos mares. Mudará a circulação atmosférica e o regime das chuvas.
A inversão térmica
A inversão térmica é um fenômeno que acontece no frio e agrava a poluição atmosférica. Em condições normais, o solo é aquecido pela radiação solar e, por sua vez, aquece as camadas de ar com que esta em contato. O ar aquecido, pouco denso, sobe para a atmosfera e dispersa os poluentes. No inverno, pode ocorrer um rápido resfriamento do solo e, consequentemente,  do ar.
Em tais condições, o ar frio, que é mais denso, não sobe e retém os poluentes. Nas grandes cidades o fenômeno da inversão térmica pode decretar o estado de emergência, com a proibição do funcionamento de industrias e circulação de automóveis.
A camada de ozônio
O sol produz a chamada radiação ultravioleta, que é perigosa para os seres vivos. O ozônio (O3) é um gás que forma na atmosfera, um filtro natural capaz de impedir a passagem da radiação ultravioleta.
Se a camada de ozônio fosse destruída, a vida na terra estaria seriamente ameaçada.
Entre os principais destruidores da camada de ozônio estão os clorofluorcarbonos (CFC), usados em ciclos de refrigeração e nas embalagens do tipo aerossol.
O CFC passou a ser usado por ser de baixo custo, não-inflamável, de baixa toxicidade e bastante estável, quer dizer, não se decompõem com facilidade, permanecendo como é por mais de 150 anos.
Os CFCs sobem lentamente e alcançam altitudes de até 50 mil metros, é ai que, submetidas às radiações ultravioletas, as moléculas de CFC são quebradas, liberando o átomo de cloro. Este reage com ozônio (O3), transformando-o em oxigênio molecular (O2). Sabe-se que cada átomo de cloro liberado na atmosfera destrói cerca de 100 mil moléculas de ozônio. Em 1985, foi observado por cientistas britânicos trabalhando na Antártida um enorme buraco na camada de ozônio que envolve a terra.
Aeronaves supersônicas, que voam na estratosfera, liberam gases que podem reagir com o ozônio, destruindo-o.
À medida que a camada de ozônio vai sendo destruída, a superfície da terra passa a receber maior quantidade de radiação ultravioleta.
Entre os efeitos dessa radiação aparecem: câncer de pele, catarata, redução de resistência a infecções, redução das colheitas. Trata-se de um dos grandes problemas ecológicos da atualidade, alvo de intensa e justificada campanha em prol de sua preservação, já que a sua destruição, afinal, diz respeito à natureza como um todo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Solo, agricultura e meio ambiente

1.       O solo
Solo é a parte superior da crosta terrestre resultante da decomposição de rochas e capaz de permitir o crescimento de plantas.
No solo interessa o conhecimento da sua textura, estrutura, composição química, grau de acidez ou alcalinidade.
Textura
Refere-se ao tamanho das partículas que compõem o solo. Assim sendo, podemos classifica-lo em:
Cascalho – diâmetro acima de 2mm
Areia grossa – diâmetro entre 0,2 e 2mm
Areia fina – diâmetro entre 0,02 e 0,2mm
Limo – diâmetro entre 0,002 e 0,02mm
Argila – diâmetro inferior a 0,002mm
Estrutura
É a proporção existente das diversas partículas que compõe o solo e a maneira como estão arranjadas. Assim, um solo arenoso possui maior quantidade de areia; um solo argiloso maior quantidade de argila etc.
Da estrutura do solo dependem algumas qualidades importantes, como a permeabilidade e o arejamento.
Entre as partículas do solo existem espaços que são ocupados pela água e pelo ar. No solo seco os espaços são ocupados pelo ar. Quando chove, a água penetra no solo, os espaços são preenchidos pela água e o ar vai sendo progressivamente eliminado. No solo encharcado a quantidade de ar é pequena. À medida que a água penetra no solo, ocorre dissolução dos íons solúveis, permitindo o seu aproveitamento pelas raízes das plantas.
A retenção de água e íons minerais dpende da superfície das partículas. Assim, num mesmo volume de solo quanto menor a partícula, maior será a superfície.
Dessa forma, os solos arenosos retêm água e nutrientes minerais. Já os solos argilosos e limosos são mais ricos em nutrientes minerais e são capazes de reter água.
A composição química é importante porque dela depende o fornecimento de nutrientes minerais para as plantas. A alcalinidade, a acidez do solo, interfere no tipo de vegetação que é capaz de se desenvolver.
O húmus
Húmus é a matéria orgânica vegetal ou animal, escura, resultante da ação dos microorganismos do solo (fungos e bactérias) que promovem a reciclagem da matéria. O húmus constitui uma fonte contínua de minerais indispensáveis para o crescimento das plantas.
O húmus dá coesão aos solos arenosos e diminui a coesão dos solos argilosos. Facilita a solubilização dos elementos fertilizantes insolúveis e a circulação do ar e da água. Favorece, ainda, a vida dos microorganismos.
O solo deve sempre ter uma certa quantidade de húmus.
Em relação à quantidade de húmus, os solos são classificados em:
Humíferos – quando possuem de 5% a 10% de húmus.
Humosos – quando possuem de 10% a 20% de húmus.
Turfosos – quando possuem mais de 20% de húmus.
A minhoca e a produção de húmus
A criação de minhocas (minhocultura) constitui hoje uma atividade zootécnica muito importante, que tem como objetivos:
- produção de alimento (proteína) para a criação de vários animais (rã, peixes etc);
- produção de húmus (esterco de minhoca).
Atualmente, o húmus de minhoca é produzido a partir da minhoca vermelha da Califórnia. O alimento normalmente usado é o esterco de gado fermentado ou bioestabilizado.
As minhocas alimentam-se de matéria orgânica em decomposição. Assim, o fato de se encontrar um numero elevado de minhocas num determinado local significa que o solo é rico em matéria orgânica e também em nutrientes minerais.
Os nossos solos são, em geral, pobres em matéria orgânica. Isso faz com que as minhocas tenham de ingeriri grandes quantidades de terra para obterem o alimento necessário para a sua sobrevivência. À medida que ingerem a terra, cavam verdadeiras galerias no solo, que permitem a circulação do ar, isto é, garantem a porosidade do solo e a sua fertilidade.
De tudo isso, pode-se concluir que o solo que passa pelo intestino da minhoca ao ser expelido apresenta, em relação ao solo circunvizinho, maiores teores de matéria orgânica e de elementos minerais facilmente assimiláveis pela planta, e também uma rica e diversificada fauna e flora microbiana.
Os elementos minerais do solo
Os nutrientes minerais são indispensáveis para o crescimento sadio das plantas. São absorvidos pelos pêlos absorventes das raízes e utilizados para muitas funções vitais dos vegetais. Os nutrientes minerais são subdivididos em dois grupos: macronutrientes ou macroelementos e micronutrientes ou microelementos.
Macronutrientes – são aqueles requeridos pelos vegetais em maiores quantidades. Entre eles citamos o nitrogênio (N), o fósforo (P), o potássio (K), o cálcio (Ca), o magnésio (Mg) e o enxofre (S).
Micronutrientes – são aqueles de que as plantas necessitam em pequenas quantidades. Entre eles encontram-se o zinco (Zn), o boro (B), o ferro (Fe), o cobre (Cu), o molibdênio (Mo) e o cloro (Cl), entre outros.
A erosão
Erosão é a remoção de partículas do solo das partes mais altas e o seu transporte para as partes mais baixas do terreno ou para o fundo de lagos, lagoas, rios e oceanos.
A erosão é provocada pela ação das águas e dos ventos.
No Brasil, a erosão mais importante é provocada pela ação da água, também chamada erosão hídrica.
A erosão realiza-se se em duas fases: desagregação e transporte.
A desagregação é provocada pelo impacto das gotas de chuva e pela água que escorre na superfície. O impacto direto das gotas de chuva no solo desprotegido, cuja vegetação foi destruída, provoca a desagregação da partícula.
As partículas desagregadas são agora transportadas pelas enxurradas. O transporte depende do tamanho das partículas. Assim, as partículas diminutas de argila e limo são facilmente carregadas pelas águas das enxurradas.
A erosão provocada pelas águas pode ser superficial quando o solo vai sendo carregado lentamente, sem que o problema seja notado. Quando os agricultores percebem a erosão, muitas vezes o solo já está improdutivo.
A erosão pode ocorrer também em forma de sulcos e em voçorocas. Elas ocorrem quando no terreno, em declive, sulcos de valetas são abertos com o transporte do solo. Este tipo de erosão é o que chama mais a atenção dos agricultores, porque torna o solo improdutivo em tempo muito curto.
Como evitar a erosão em solos cultiváveis
No solo coberto com vegetação o impacto da água da chuva é absorvido e ocorre maior infiltração de água no solo, evitando a formação de enxurradas.
As raízes entrelaçadas das plantas seguram mais o solo, dificultando a erosão. A água infiltrada no solo abastece os lençóis subterrâneos, que depois afloram para formar as nascentes (olhos d’água). Como não ocorre a formação de enxurradas, os rios não ficam com seu volume muito aumentado, não ocorrendo, consequentemente, as enchentes nos campos de cultivo e nas cidades.
De tudo isso pode-se concluir que o manejo correto do solo evita a sua destruição.
Existem alguns cuidados importantes que devem ser utilizados para a conservação do solo, entre eles:
- A plantação em terrenos em declive deve ser feita com o emprego de curvas de nível e terraceamento. Esses terrenos devem ser usados para reflorestamento e formação de pastagens. Nunca devem ser usados para culturas anuais (milho, feijão etc.).
- As culturas anuais, que exigem aração anual, devem ser feitas em terrenos planos.
- Nunca deixar o solo nu. Quando se fazem as capinas, as plantas devem ser roçadas, e não arrancadas do solo. Deixar o solo com a cobertura morta (palhada). Dessa maneira, a vegetação morta forma um acolchoado protetor do solo, procurando imitar a natureza.
- Fazer rotação de culturas. Cada tipo de cultura tem exigências diferentes de nutrientes minerais. Na rotação, as culturas alternam-se no mesmo terreno, evitando um desgaste exagerado do solo. Está provado também que a rotação elimina muitas pragas de insetos.
- Uso adequado e controlado das maquinas agrícolas, evitando que o excesso venha a facilitar a erosão.
- Plantio de grama nos taludes das estradas.
A fertilidade do solo
Os sais minerais são indispensáveis para o crescimento das plantas. As plantas retiram os sais do solo para fabricar o seu próprio alimento. O homem colhe os vegetais para seu alimento e o solo vai empobrecendo. Diante disso, como manter o solo fértil?
Existem alguns processos:
- Aplicação de adubos (fertilizantes) fabricados pelo homem. São muito caros e nem sempre dão os resultados esperados.
- A melhor forma é realizar um processo racional para conservar a saúde do solo, aumentar a produtividade e gastar pouco com adubos e venenos. Nesse sentido, são procedimentos a serem tomados:
·         Evitar a monocultura, isto é, o cultivo da mesma espécie de planta.
·         Plantar em linhas alternadas duas ou mais culturas. Ex.: milho e amendoim
·         Fazer rotação de culturas, isto é, alternar as culturas.
·         Fazer adubação verde. Devem-se plantar leguminosas (amendoim, feijão, soja e outras), que são capazes de enriquecer o solo com nitrogênio.
·         Incorporar, no solo, restos mortos de vegetais para a formação do húmus.
As queimadas
As queimadas são utilizadas desde tempos antigos para derrubada das matas e limpeza dos terrenos que serão utilizados para o cultivo e a formação de pastagens. Este método, que muitos agricultores dizem ser mais barato e facilitar a formação de minerais, é altamente prejudicial para os ecossistemas. As queimadas devem ser evitadas por vários motivos:
- provocam a morte dos microorganismos que dão vida ao solo e que permitem a reciclagem da matéria. Nada vive após a queimada; minhoca, bactérias, fungos, todos morrem.
- provocam a perda de muitos minerais, que são levados junto com a fumaça. A fumaça contém gás carbônico e cinzas, que levam os minerais para o ar.
- levam a um desequilíbrio mineral da terra. As plantas cultivadas crescem menos e ficam mais vulneráveis ao ataque de pragas. As colheitas diminuem.
Infelizmente, devido à ignorância e ao desconhecimento desses malefícios, milhares de quilômetros cobertos com florestas são queimados anualmente, no Brasil.
Derrubar as florestas para a prática da agricultura é recomendável?
Não. Os solos são, na verdade, uma mistura de partículas minerais e de húmus. As partículas minerais resultam da decomposição de rochas por ação da água, temperatura etc. o húmus resulta da decomposição da matéria orgânica vegetal e animal, e permite a circulação de ar. Além disso, contem nitrogênio e outros nutrientes minerais essenciais.
Os solos das nossas florestas são muito superficiais e frágeis, abaixo deles existe apenas areia.
Quando se destrói a floresta, as chuvas torrenciais rapidamente lavam o solo, carregando-o para longe e tornando-o muito pobre. As plantas cultivadas crescem muito pouco e são logo destruídas por pragas de insetos. Uma floresta tropical sem as suas árvores deixa de ser um paraíso luxuriante e verde para se transformar em uma região hostil e improdutiva.
As florestas, os rios e a preservação das florestas tropicais
A importância das florestas
Os ecologistas dizem que as florestas são o sustentáculo da vida na terra.
As florestas são importantes porque:
- mantêm o equilíbrio dos gases a atmosfera. Absorvem gás carbônico e eliminam oxigênio.
- estabilizam o clima, equilibrando a temperatura do ar como um verdadeiro “ar condicionado”.
- protegem os rios e o solo.
Fornecem alimento aos animais.
Auxiliam na formação de nuvens.
Proteção das nascentes ou fontes de água
A vegetação perto das nascentes de água nunca pode ser destruída. Veja por que:
- quando chove, as plantas facilitam a infiltração de água o solo.
- a água que penetra no solo encontra rochas impermeáveis.
- a água forma verdadeiros riachos subterrâneos. Esses riachos são os lençóis subterrâneos de água (lençóis freáticos).
- esses riachos subterrâneos afloram na superfície do solo e formam as nascentes ou fontes de água.
- Essas nascentes formam os riachos na superfície do solo, fornecem água para os sítios e fazendas.
A destruição dessa vegetação diminui a infiltração da água no solo, os lençóis freáticos secam, as nascentes e os riachos desaparecem.
As matas das margens dos rios
Ao longo das margens dos rios e riachos encontra-se uma vegetação muito importante. Essa vegetação forma as matas-galerias ou matas-ciliares. Essas matas protegem os rios e riachos e abrigam muitos animais.
Quando o homem elimina essa vegetação, podem ocorrer muitos problemas:
- intensa erosão;
- assoreamento;
- enchentes na época das chuvas;
- desaparecimento dos riachos e rios na estiagem.
O assoreamento
Como foi visto, a erosão arrasta partículas do solo, que acabam se depositando no fundo dos leitos dos rios, riachos, lagos, lagoas e oceanos. O acúmulo de detritos no fundo dificulta o escoamento da água, tornando as lagoas e lagos cada vez mais rasos, até a extinção. O assoreamento provoca ainda grandes enchentes, nos períodos das grandes chuvas. O leito raso do rio não comporta o imenso volume de água, invadindo as margens e alagando os campos e as cidades.
A derrubada das florestas
Atualmente, o manto verde do nosso planeta está rapidamente desaparecendo. Florestas inteiras estão sendo destruídas. O sol incide no solo nu, refletindo a radiação; à noite a temperatura cai vertiginosamente, já que nenhum calor fica retido. O ar e o solo ficam extremamente secos; as chuvas ficam cada vez mais escassas e, quando chove, o solo é rapidamente lavado e arrastado para longe. Vemos com isso que, à medida que a vegetação é destruída, o clima muda e o solo sofre erosão. Tais condições são inimigas da vida.
O desmatamento provoca a formação de desertos?
A resposta é sim. A eliminação da floresta deixa o ar e o solo secos. As chuvas diminuem e aparecem os desertos. Quando a floresta está presente, as árvores perdem água por evaporação. Este vapor auxilia na formação de nuvens que provoca as chuvas.