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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lixo e reciclagem

O problema do lixo
O lixo urbano é constituído predominantemente por matéria orgânica, e como tal sofre intensa decomposição, permitindo a reciclagem. A decomposição pode ser feita por dois processos: aeróbio e anaeróbio.
A decomposição aeróbia é muito mais rápida, e os resíduos resultantes são: gás carbônico, sais minerais e alguns compostos orgânicos que, mais resistentes à biodegradação, não chegam a se decompor totalmente. A decomposição anaeróbia, entretanto, pode originar compostos nocivos, como gás sulfídrico, mercaptanas e outros compostos que podem ser tóxicos ou exalar mal cheiro. O lixo urbano possui quatro destinos: lixões, aterros sanitários, compostagem e incineração.
No caso dos lixões, o lixo simplesmente é levado para terrenos baldios, onde fica exposto e é aproveitado pelos “catadores de lixo”, que correm o risco de contrair doenças. O “lixão” provoca, ainda, intensa proliferação de moscas e outros insetos. Outro inconveniente é o chorume, líquido que resulta da decomposição do lixo e que polui o solo e os lençóis de água freáticos.
O chamado aterro sanitário não é um processo de tratamento. Consiste na deposição de camadas de lixo alternadas com camadas de argila em terrenos bem drenados. Nessas condições as camadas de lixo sofrem decomposição aeróbia e depois anaeróbia. Um inconveniente do aterro sanitário é a possibilidade de contaminação das águas subterrâneas, além do não-aproveitamento dos materiais recicláveis.
A incineração é um processo dispendioso, no qual o lixo é queimado em câmaras de incineração. As cinzas resultantes podem ser usadas por indústrias de fertilizantes.
No processo de compostagem, o material orgânico do lixo sofre um tratamento biológico, do qual resulta o chamado “composto”, material utilizado na fertilização e recondicionamento do solo.
O lixo do brasileiro
Diariamente, cada brasileiro produz uma média de 600 gramas de lixo. Por semana, essa quantidade é equivalente a um estádio do maracanã lotado de porcarias. De toda essa sujeira, 70% vão para os lixões a céu aberto, 20% para aterros recobertos com terra, 5% são jogados nos rios, e o que restou é incinerado ou vira adubo nas usinas de compostagem. Menos de 1% do lixo é reciclado.
Lixões
Depósito onde o lixo é simplesmente jogado, expondo a população a sérios riscos de saúde, além de poluir o ambiente.
Aterros sanitários
Reservatórios nos quais o lixo é comprimido por maquinas e coberto com uma camada de terra para evitar mau cheiro e proliferação de insetos em geral. Em São Paulo, existem dois aterros sanitários.
Usinas de triagem e compostagem
O lixo é separado em três partes: materiais orgânicos (comidas e plantas), que são transformadas e adubo; resíduos não aproveitados e que vão para os aterros sanitários (areia, borrachas e plásticos sujos), e materiais recicláveis (vidro e papel), que são vendidos e reaproveitados.
Materiais que podem ser reciclados:
Plástico
Recicláveis: embalagens de material de limpeza e de margarina, copinho de café, cano, tubo e saco plástico.
Não-recicláveis: cabo de panela, tomada, embalagem de biscoito. A reciclagem pode ser facilitada com a retirada de rótulos de papel ou adesivos das embalagens.
O material reciclado não pode virar plástico novamente; ele é usado na fabricação de outros produtos, como brinquedos, sacolas e tubulações.
Metal
Recicláveis: latas de alimento, cerveja e refrigerante, fios de cobre e arame.
Não-recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço e canos.
Cada tonelada de alumínio reciclado economiza 95% de energia e evita a retirada de 5 toneladas de bauxita da terra.
Cada cem latas de aço reaproveitadas economizam a energia equivalente a uma lâmpada de 60 watts acesa por uma hora.
Papel
Recicláveis: jornal, revista, folha de caderno, computador e fax, caixa, envelope, cartaz e fotocópia.
Não-recicláveis: etiqueta adesiva, papel carbono, fita crepe, papel sanitário, plastificado e parafinado, toco de cigarro e fotografia.
A reciclagem pode ser facilitada selecionando o papel limpo e seco e retirando clipe e grampo.
Cada tonelada de papel reciclado economiza, aproximadamente, 20 árvores adultas.
Para cada tonelada de papel reciclado, 71% de energia é economizada em relação ao papel primário.
O maior mercado de papel reciclado é o de embalagens.
Quando o papel é jogado nos aterros, a degradação é bastante lenta: nos EUA foram encontrados jornais da década de 50 ainda em condições de ser lidos.
Vidro
Recicláveis: embalagens, garrafa e copo.
Não-recicláveis: espelho, lâmpada, cerâmica e porcelana.
Para facilitar a reciclagem, os vidros devem ser limpos antes de serem descartados.
Inteiro ou em pedacinhos, é totalmente reaproveitado. Não há perda de matéria-prima: 1 quilo de vidro equivale a 1 quilo de vidro novo.
Em relação à fabricação do vidro primário, uma tonelada reciclada economiza 13% de energia.
Embalagens de vidro não são biodegradáveis, ou seja, jamais se decompõem.




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