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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A evolução segundo Lamarck

Em 1809, o biólogo francês Jean Baptiste Lamarck propôs uma teoria para explicar de que maneira os seres vivos evoluem.
Segundo Lamarck, uma grande alteração no meio ambiente provocaria, em uma espécie, uma necessidade de se modificar, levando à formação de novos hábitos. Essa idéia, aliada à observação da natureza, levou Lamarck a formular as duas leis básicas de sua teoria evolutiva.
Lamarck baseou sua teoria em duas suposições: a lei do uso e desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos.
Lei do uso e desuso
Segundo tal lei, quanto mais uma parte ou órgão do corpo é usado, mais se desenvolve; contrariamente, as partes que não são usadas enfraquecem, atrofiam, chegando até a desaparecer.
Lei da herança dos caracteres adquiridos
Segundo Lamarck, qualquer animal poderia transmitir aos seus descendentes aquelas características que se atrofiaram pelo desuso ou se desenvolveram pelo uso.
Portanto, de acordo com Lamarck as novas espécies aparecem, por evolução, devido à aquisição ou perda de caracteres.
Numerosos exemplos da natureza foram usados por Lamarck para explicar as suas leis. Assim, citaremos:
1.       A girafa habita locais onde o solo é seco e com pouca vegetação. Obrigada a comer brotos de árvores, a girafa foi-se esticando  para cima. Esse hábito provocou o enorme pescoço e as pernas anteriores mais longas de que as posteriores.
2.       As cobras evoluíram a partir de ancestrais que apresentavam pernas e corpos curtos. Obrigados, por modificação ambiental, a rastejar e passar através de aberturas estreitas, acabaram tornando-se ápodes e de corpo alongado.
3.       As membranas entre os dedos das aves aquáticas resultaram do uso durante a natação.
4.       Aves pernaltas, como as garças, teriam desenvolvido as pernas esticando-as para manter o corpo fora d’água, em regiões inundadas.
5.       Plantas de regiões desérticas teriam diminuído a superfície das folhas para evitar a transpiração; tais folhas acabaram transformadas em espinhos. Para conservar água, os caules adquiriram a consistência suculenta.
A primeira suposição de Lamarck é válida: o uso e o desuso provocam alteração nos organismos. Assim, sabemos que os atletas desenvolvem seus músculos através do uso, enquanto a paralisação das pernas, por exemplo, determina atrofia. A falha está na segunda hipótese: caracteres adquiridos por uso e desuso nunca são transmitidos aos seus descendentes.
O golpe definitivo no lamarckismo foi dado por Weismann, nas suas famosas experiências. Ele cortou caudas de camundongos por sucessivas gerações e mostrou que não havia atrofia desse apêndice. Weismann foi o autor da teoria da “continuidade do plasma germinativo”, pela qual o germe é imortal, sendo as alterações provocadas pelo meio ambiente no soma, e não transmissíveis aos descendentes.

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